Bonifácio

Hoje eu recebi a notícia do lançamento do DVD Melhor Assim de Teresa Cristina, que tem a música “Bonifácio”, uma composição minha, de Márcio Valverde e Carlos Colavolpe. Tão envolvido que estou com uma tese de doutorado que parece  nunca ficar pronta, já havia me  esquecido do fato e da imensa alegria que senti quando…

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Videoclipe amador

[Este texto foi escrito originalmente para o Observatorio de Práticas Musicales Emergentes, da Sociedad de Etnomusicología] A partir de sites como o YouTube, o conceito de videoclipe sofreu importantes modificações. Além de oferecerem uma via alternativa e poderosa de divulgação, tais sites interferiram significativamente nas formas de produção, na estética e na própria audiência dessa…

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Os casos como o de Lídio Mateus e o comportamento no Brasil Web 2.0

Lídio Mateus em performance no Youtube Lídio Mateus é um rapaz de 18 anos, cujos perfis em redes sociais como Youtube e Orkut declaram ser de Santo André, São Paulo, Brasil. Ele gosta da Fresno, uma banda ligada ao gênero musical emocore. Lídio decidiu fazer um vídeo cantando a canção “Uma Música” e…

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O Samba-lenço de Mauá, São Paulo

Entre as apresentações que aconteceram durante a inauguração da Casa do Samba em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 14 de setembro de 2007, uma me chamou a atenção, a princípio pelo carisma e articulação da mulher que é uma espécie de cantora/animadora. Depois veio a curiosidade em relação ao nome, Samba-lenço, que mesmo tendo uma referência iconográfica óbvia na utilização de um lenço como adereço coreográfico, me parecia ter implicações mais profundas…

Os novos tempos já se ouvem…

Há algum tempo atrás veio uma notícia que chamou a atenção do mundo do entretenimento e da tecnologia: a banda britânica Radiohead disponibilizou para download seu novo álbum, In Rainbows, em seu site, com a seguinte regra: você baixa e paga quanto e se quiser. Um estudo divulgou que “durante os primeiros 29 dias de outubro, 1,2 milhão de pessoas de todo o mundo visitaram o site para download do In Rainbows. Destas, 62% decidiram não pagar nada pelo álbum.” Mesmo assim…

De Pachelbel a Avril Lavigne

Numa discussão acerca dos perfis acadêmico e técnico dos profissionais de música, que de tão “engajada” e “engessada”, acabou se tornando enfadonha, ouvi algumas referências sobre um certo vídeo: “este é um vídeo sobre o mercado de trabalho do violoncelista” !?!?; ou “O vídeo pode ser divertido e engraçado para alguns, mas ao mesmo tempo violento e agressivo para outros. Portanto, não posso concordar com a irreverência e o desrespeito com que o ‘Johann’ foi tratado” !?!?!?!?. Quase que o etnocentrismo de uns e a visão nuviosa de outros…

Um “bahiano” um tanto bizarro

Lorena era filha de um importante senhor. Um dia, na praia de Ipanema, aguardava seu pai em um bar, quando mirou um “trigueñisimo” pianista baiano… Apaixonou-se perdidamente. Não tinha dinheiro nem futuro, o poeta sonhador baiano, mas, para Lorena, “foi mais que o céu, foi mais que um deus” já que “lhe ensinou o que é o amor”. Só que a felicidade de Lorena durou pouco, pois seu pai tomou conhecimento do “mal logrado” romance e esbravejando, ordenou que esquecesse o dito cujo…

A atualidade de Graham

“A rua (…) é extremamente estreita; apesar disso, todos os artífices trazem seus bancos e ferramentas para a rua. Nos espaços que deixam livres, ao longo da parede, estão os vendedores de frutas, de salsichas, de chouriços e de peixe frito, de azeite e doces, [pessoas] trançando chapéus ou tapetes, (…), cães, porcos e aves domésticas, sem separação nem distinção; e como a sarjeta corre no meio da rua, tudo ali se atira das diferentes lojas, bem como das janelas”. A cena descrita é perfeitamente condizível com tantas feiras livres, tão comuns em quase todo Brasil…

O Produto

O texto abaixo foi escrito por mim em 1997. Na época foi uma espécie de desabafo de revolta pela forma com que o músico baiano era visto pelo empresário. Sei que os Al Capones da música baiana ainda estão por aí a produzir coisas como os “Reinos do Arrocha” da vida e a alimentar certos radialistas obesos com a famosa carne de sertão. Só que hoje penso um tanto diferente. As coisas estão um tanto diferentes. E o melhor é que eles, os referidos Al Capones, já não são mais os mesmos…